terça, 19 de março de 2024
Kathia Fernandes de Oliveira, 22 anos, havia sido vista pela última vez no início da noite do último dia 10 de janeiro e foi encontrada morta dois dias depois, nas águas do Rio Novo, entre os municípios paulistas de Águas de Santa Bárbara e Iaras. Polícia acredita que a morte foi acidental.
Alexandre Mansinho
Na última segunda-feira, dia 10 de janeiro de 2022, a família de Kathia Fernandes Oliveira, moradora do município de Óleo, usou das redes sociais para buscar informações sobre seu paradeiro – a jovem saíra de casa no início da noite para, segundo depoimento dos familiares, “dar uma volta de carro”, e desapareceu. O mistério teve fim na tarde da quinta-feira, dia 13: o corpo da moça foi encontrado sem vida, em adiantado estado de decomposição, a alguns metros de onde seu carro havia sido encontrado dias antes.
INÍCIO DA HISTÓRIA: A “volta” a que Kathia se referiu era, na verdade, um encontro com um rapaz, morador de Iaras. Segundo investigações da Polícia Civil, os dois tinham contato via redes sociais e haviam combinado de se encontrar naquela noite (10). Em depoimento, o rapaz apresentou cópias das conversas que a moça teve com ele e, como último contato, perto das 20h, recebeu a mensagem de que Kathia estava no posto de combustíveis para abastecer seu veículo e “já estava indo” para o encontro. Às 20h49, a jovem fez uma ligação para o pai, contando que tinha sofrido um acidente. A família disse que a ligação estava ruim e que não conseguiu retornar a chamada. Por conta disso, parentes começaram a fazer buscas e entraram em contato com amigos da jovem, mas não tiveram sucesso. O desaparecimento de Kathia foi registrado na terça-feira, 11/1.
No mesmo dia 11, foram divulgadas imagens de um posto de combustíveis em Manduri (SP), o que acabou confirmando a história contada pelo jovem iarense: Kathia passou pelo posto e abasteceu o veículo. Também no dia 11, familiares da jovem fizeram buscas, reconstituindo o caminho que ela poderia ter tomado e acabaram encontrando, já no final da tarde, o carro de Kathia dentro do Rio Novo, às margens da Rodovia Vicinal Jair Gilberto Campaneti. Segundo o que disse a irmã da jovem, na ponte sobre o rio eles perceberam que havia um trecho danificado e resquícios de tinta vermelha – chamaram a polícia em seguida e o carro foi retirado das águas.
O ex-namorado de Kathia também foi ouvido pela polícia, mas, conforme afirmou o delegado Dr. Omar Zedan Vieira, titular da delegacia de Manduri, não havia indício algum de participação dele na ocorrência – dessa forma, tanto o jovem com o qual a moça iria se encontrar quanto o ex-namorado foram retirados da possível lista de suspeitos.
O Corpo de Bombeiros de Avaré (SP), iniciou as buscas pelo corpo da jovem no mesmo dia 11, logo após a retirada do veículo de dentro do rio. Os profissionais fizeram buscas no final da tarde do dia 11 e durante o dia 12 (quarta-feira), mas nada foi encontrado.
A pior notícia que a família poderia receber acabou chegando no final da tarde da quinta-feira, dia 13: o corpo sem vida, e já em adiantado estado de decomposição, de Kathia Fernandes Oliveira, de apenas 22 anos, foi encontrado nas águas do Rio Novo. Segundo entrevista dada pelo delegado, Dr. Omar, o corpo estava a cerca de um quilômetro do local onde o carro estava. Os bombeiros foram acionados para retirar o corpo do rio e ele foi levado pela funerária ao Instituto Médico Legal (IML).
Ainda segundo o delegado responsável pelo caso, as primeiras impressões apontam para morte em decorrência do acidente e afogamento: “nenhuma hipótese está descartada, embora a alternativa mais provável é que Kathia sofreu um acidente fatal”. Porém, Dr. Omar fez questão de ressaltar que as investigações estão em curso, serão juntados ainda no processo a quebra de sigilo telefônico e os laudos técnicos.
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