sábado, 05 de julho de 2025
Publicado em 29 jun 2020 - 14:23:44
Agência Nacional de Águas – ANA, teria concedido a outorga para início do projeto de uma nova ETA para o município.
Letícia Azevedo
No último dia 23 de junho de 2020, através de suas redes sociais, o prefeito Lucas Pocay afirmou que um pleito junto a Agência Nacional de Águas (de 2010), obteve parecer favorável, o que autorizaria o uso das águas do Rio Paranapanema para consumo da população ourinhense. Embora ainda não haja maiores detalhes sobre os próximos passos para a construção da estrutura de captação, tratamento e distribuição de água, a notícia pode significar o início da resolução da crise de abastecimento de água que Ourinhos atravessa há anos.
Atualmente a cidade tem boa parte da água que consome captada do Rio Pardo, por meio da ETA – Estação de Tratamento de Água da Vila Brasil. O restante é captado pelos poços artesianos dos sistemas São João, São Silvestre e Parque dos Diamantes. No entanto, todas essas fontes de abastecimento não conseguem suprir a demanda provocada pelo crescimento da cidade e do alto consumo nas épocas de altas temperaturas.
UM ALÍVIO PARA A REGIÃO DA CIDADE QUE MAIS SOFRE COM A FALTA D’ÁGUA
Os bairros Jardim Itamaraty, Jardim Paris, Condomínio Moradas Ourinhos I e II, Vila Nossa Senhora de Fátima, Ecoville e Parque Pacheco Chaves apesar de serem mais próximos do Rio Paranapanema, são abastecidos por um confuso sistema de distribuição que foi sendo instalado através dos anos sem um plano que garantisse aos moradores o acesso à água sem interrupções ou até grandes períodos de suspensão. A esperança para esses ourinhenses é que uma nova estação de captação possa suprir essa demanda.
Teresa Leonel, que mora há quinze anos no Jardim Itamaraty, afirmou ao jornalismo do Negocião que a falta d’água é um drama quase que diário para o bairro. “Não é uma coisa nova, há anos nós convivemos com esse problema aqui, se essa ETA nova sair mesmo do papel, será muito bom”.
Cleusa de Souza, também moradora do Itamaraty, lamenta pelos comerciantes que são surpreendidos com a distribuição irregular de água e que acabam tendo prejuízos. “Dono de lanchonete, mercado e até de lojinha de roupas chegam até a perder dia de serviço por causa da seca nas torneiras”.
Eugênia Araújo, microempresária que gerencia um sacolão, diz que os prejuízos são grandes. “Tem dias que eu não tenho nem água para higienizar os legumes e verduras para a venda” – lamentou. Eugênia, no entanto, aponta também um problema muito comum, gerado pelos próprios munícipes. “Tem gente que “desanda” a lavar calçada e nem se preocupa em economizar”.
NOVOS PROJETOS HABITACIONAIS SERÃO BENEFICIADOS
Cícera Romero Gomes, moradora do Parque Pacheco Chaves, disse a nossa reportagem que esse projeto pode ser um alívio para os munícipes. “Todos os dias ouço reclamações por falta d’água, fiquei sabendo que há até construções de novos bairros, mas como vai ser se já não tem água para quem está aqui?”. A entrevistada se refere a empreendimentos imobiliários que estão em fase de planejamento e até em fase de conclusão nas proximidades do Condomínio Moradas Ourinhos.
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