Um dos maiores resultados obtidos, foi o cancelamento de uma licitação de móveis da prefeitura em 2017

Juliana Neves

O OSBO – Observatório Social do Brasil – Ourinhos está completando quatro anos de serviços prestados à comunidade ourinhense. Uma das principais atividades é o monitoramento de licitações dos órgãos públicos municipais.

OUTRAS FINALIDADES – O OSBO é uma associação apartidária, sem fins lucrativos que também trabalha em outras atividades. Auxilia, incentiva as micro e pequenas empresas a participar das licitações e busca a educação fiscal para que o cidadão entenda a importância de acompanhar os órgãos públicos.

Com isso, aumenta a geração de empregos, desenvolve a economia local e surge uma nova cultura de participação do cidadão preocupado em acompanhar os gastos públicos.

PRIMEIRO OBSERVATÓRIO – A primeira unidade nasceu em Maringá em 2006 e, desde 2008, a sede oficial nacional está localizada em Curitiba. Em Ourinhos, foi instalado em 18 de janeiro de 2016.

MAIOR DIFICULDADE – Segundo Emerson Cavalcante, membro do Conselho Consultivo, um dos fundadores e o primeiro presidente, a maior dificuldade para a implantação do Observatório na cidade foi conseguir pessoas para se envolverem no projeto e empresas mantenedoras para investir financeiramente. “Os diretores e membros são todos voluntários, mas nosso escritório paga aluguel, telefone, um coordenador e dois estagiários, além de outras despesas”, afirmam.

Os anos se passaram e a instituição mostrou que veio para ficar. Com prestações de contas periódicas, deixa os cidadãos cientes do que acontece no município.

MAIOR INTERVENÇÃO – Cavalcante afirma que uma das intervenções que o Observatório considera que teve maior resultado em Ourinhos, foi o cancelamento de uma licitação de móveis em 2017. “Apontamos um possível sobrepreço de mais de R$ 3 milhões em móveis que seriam adquiridos pela prefeitura, a licitação foi cancelada”, relata.

SEJA VOLUNTÁRIO – “Para aqueles que desejam ser voluntários é preciso ter o desejo de mudança, sair da zona de conforto, da indignação e ter atitude. A única exigência é não ser filiado a nenhum partido político”, alerta Cavalcante.

RELAÇÃO COM OS ÓRGÃOS PÚBLICOS – Émerson recorda que a relação dos órgãos públicos com o Observatório, no início, era uma novidade para ambos os lados e gerou alguns desconfortos. “Hoje somos uma realidade e muito respeitados com convites até para acompanhar ações do poder público como, por exemplo, visitar e conhecer as ações do sistema de captação de águas da SAE – Superintendência de Água e Esgoto de Ourinhos”, finaliza.