terça, 16 de abril de 2024

Mães mostram a rotina neste período de suspensão de aulas

Pais orientam os filhos sobre a importância da higienização e buscam atividades didáticas para fazerem em casa

 

Juliana Neves

 

Recentemente o novo Coronavírus começou a se alastrar de forma muito rápida no Brasil. Devido ao alto número de registros de casos suspeitos no país e pensando no grupo de risco, os idosos, pessoas com doenças crônicas, diabéticos, entre outros, algumas medidas foram tomadas para evitar uma maior transmissão do vírus.

 

EM OURINHOS – De modo particular, aqui em Ourinhos, a Prefeitura Municipal criou a Central Coronavírus disponibilizando alguns telefones para serem utilizados quando houver alguma dúvida em relação à doença.
Na terça-feira, 18, publicou no diário oficial do município, decreto com medidas a serem postas em práticas por todos os ourinhenses. Entre as medidas estão a suspensão de aulas nas escolas públicas e particulares, ação necessária, mas que vem causando mudanças na rotina das famílias em Ourinhos.

Elisângela Pessoni e Davi

 

OPINIÃO DAS MÃES – Elisangela Aparecida Araújo Pessoni, vendedora e mãe do Davi, que é aluno de escola particular, ainda está digerindo a ideia. “Sobre a suspensão das aulas não acho que está totalmente errada, assim como também não acho 100% correta, pois vai de cada pai ter o bom senso de não enviar crianças com resfriado ou qualquer outro sintoma para as escolas”.

Já para Simone Pontara Negrão Oliveira, esteticista e mãe do Ângelo, que também é de escola particular, avalia como necessária a suspensão de aulas. “Acredito ser uma prevenção importante. Se analisarmos que cada aluno tem uma rotina com seus familiares, a escola enxerga que se continuar as aulas o risco de contaminação é grande”, diz a profissional.
Com certeza a preocupação das famílias é como entreter os seus filhos dentro de casa por muito tempo e quem irá cuidar das crianças e adolescentes, já que a maioria dos pais ainda continuam trabalhando normalmente. “Não estamos tendo contato um com o outro, claro que muitas vezes esquecemos e, por isso, estamos nos policiando. Pretendo deixar o Vitor em casa, sem contato com muitas pessoas. E graças a Deus o meu filho adora ficar em casa, não tenho problemas com isso”, opina Maryele Campos, educadora física e mãe do Vitor Gabriel aluno de escola pública.

Alissi Lima e seus filhos

 

Alissi Lima, auxiliar de serviços gerais e mãe do Yago (1 ano) e Kauê (3 anos) que ficam em creches, afirmam “não posso parar de trabalhar e deixei meus filhos com a vó paterna. Eu orientei sobre os cuidados de lavar as mãos com água e sabão várias vezes durante o dia e passar o álcool gel, estamos conversando bastante e explicando a eles como é importante a higienização”.

 

Maryele Campos e Vitor Gabriel

Para Elisangela é um momento de confusão e ainda procura a melhor opção para deixar o filho neste período de suspensão de aulas. “Ainda não sei o que vou fazer com ele, pois eu trabalho e meu esposo também e não temos com quem deixar, por isso deixamos na escola. Sempre nos programamos nas férias, mas agora fomos pegos de surpresa, acho que vai acabar mudando o problema de lugar, pois terei que procurar alguma pessoa para cuidar dele, e se a pessoa aceitar vai acabar cuidando de outras crianças junto. Sem contar que ele não fica com pessoas estranhas, terei trabalho”, fala.

Simone Oliveira e o filho Angelo

Simone garante que seus filhos, principalmente o mais velho está orientado a lavar as mãos, boca e nariz sempre que lembrarem e só saem de casa se for necessário. “A rotina está como de costume, jogos, TV, e para o filho maior vou incluir a leitura de um livro. A escola orientou também fazer revisão das matérias dadas em sala de aula antes da suspensão. Graças a Deus essa compreensão o filho maior entende e apoia, o medo da contaminação nele e nós familiares é grande”, explica.
De modo geral, as mães estão em acordo com as atitudes prometidas pelas escolas quando as aulas voltarem, porém sempre há uma preocupação. “Em primeiro momento colocaram as férias de julho como escape, acho ótimo, para não perderem o conteúdo do ano letivo, mas minha preocupação é se esse caos não acabar, como faremos para resolver isso”, finaliza Maryele.

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