sábado, 27 de julho de 2024

Acusado de matar Adolfo Guilherme Mingroni Alves, vulgo “Casquinha”, é condenado a 17 anos de prisão

Publicado em 23 fev 2024 - 14:11:46

           

O julgamento do açougueiro Hudson de Paula Lima aconteceu na última quinta-feira, 22/2

 

Alexandre Mansinho

 

Na última quinta-feira, 22/2, no Fórum Estadual da Comarca de Ourinhos (SP), Hudson de Paula Lima, 49 anos, recebeu, da juíza Dra. Raquel Grellet Pereira, a sentença de 17 anos de prisão em regime inicial fechado. Segundo a tese do Ministério Público, que foi aceita pelos jurados, Hudson teria atingido Adolfo Guilherme Mingroni Alves, com 27 anos na época dos fatos, com dois disparos de revólver calibre 38, um no crânio e outro nas costas. O incidente ocorreu após uma briga de trânsito, onde a vítima, Adolfo, teria “fechado” o açougueiro e sua esposa em uma rua próxima ao local do crime. A vítima estava sozinha, dirigindo um carro utilitário e o réu estava de moto, com sua esposa na garupa.

 

Hudson de Paula Lima, 49 anos

 

Pelo Ministério Público atuou o promotor Dr. Marcos Vargas Fogaça que, durante os debates na sessão do júri, afirmou que o réu é uma pessoa violenta e que, depois da referida “fechada”, ele teria deixado sua esposa em casa, que era próxima ao local do incidente e, de moto e armado, perseguido a vítima por vários metros antes de dar os disparos.

 

Adolfo Guilherme Mingroni Alves, vulgo “Casquinha”

 

Pela defesa atuou a Dra. Amanda Cristina Rossigalli, que iniciou a sua fala questionando a postura do promotor que, segundo ela, usou de outros fatos, alheios ao processo, para afirmar que o réu era um homem violento. A advogada apresentou a tese de que o crime não teria sido cometido por motivo fútil, que a vítima teria ameaçado Hudson e sua esposa quando deu ré com seu carro na direção da moto, fazendo a referida “fechada”, e havia também ofendido o acusado. Dra. Amanda afirmou que, na sua maneira de pensar, o que mais se coaduna com o fato seria o homicídio privilegiado, que é quando o homicídio se dá depois de uma provocação.

Na época dos fatos, o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Dr. João Ildes Beffa, convocou uma coletiva de imprensa para compartilhar os resultados das investigações. Nessa coletiva, o delegado confirmou que Hudson confessou o crime e deu detalhes sobre a briga de trânsito. Na mesma ocasião, Dr. Beffa também confirmou que foram encontradas, dentro do veículo da vítima, porções de entorpecentes e uma balança de precisão, fato que chegou a levantar a hipótese de que o crime teria relação com o tráfico de drogas, no entanto, não houve nada nas investigações que desse sustentação a essa possibilidade.

A pena de Hudson foi de 16 anos pelo homicídio e de 1 ano pela posse de arma de fogo sem registro. O réu, que estava preso por um outro crime, permanecerá preso durante o recurso. A sessão do Tribunal do Júri durou cerca de 8 horas e teve seu término perto das 22h.

 

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