O episódio de violência aconteceu durante as comemorações da virada do ano na Praça dos Burgueses

Alexandre Mansinho

Rivalidades antigas entre grupos de adolescentes de vilas de Ourinhos foi o estopim de briga generalizada que culminou na morte de Vitor dos Santos – afirma testemunha.

No último dia 2 de janeiro, perto das 14h, o jornalismo do Jornal Negocião entrevistou um jovem que afirma ter sido testemunha do episódio de violência que acabou fazendo de um menino de 14 anos a vítima fatal.

Sob a garantia de sigilo, o jovem, que será chamado de Pedro*, aceitou falar daquilo que ele chamou de “gangues das vilas” – grupos de pessoas, geralmente adolescentes, que se enfrentam em espaços públicos de Ourinhos: “os moleques das vilas se estranham quando vão no shopping, na Praça dos Skatistas ou até na saída das festas (…) tava demorando ter uma treta pesada dessas, os moleques levam faca e soco inglês, brigam por ciúmes e por qualquer tonteira”, diz Pedro.

Segundo a testemunha, o confronto da Praça dos Burgueses já estava marcado: “os moleques marcam as tretas pelo zap, tinha vários que já foram prontos pro b. o.”. “E tem outra, ninguém tinha nada contra o “Vitinho”, “ele era moleque de boa, teve soco e facada pra todo lado, mais gente saiu machucada, o pior acabou sobrando pra ele” .

Fontes da Polícia Civil afirmam, de forma extra oficial, que já foram solicitadas as imagens das câmeras de segurança do serviço de videomonitoramento e das residências próximas ao local dos fatos, algumas pessoas que podem ser testemunhas em potencial já estão sendo identificadas e serão intimadas para esclarecimentos.

Pedro* confirmou para o jornalismo do Negocião que Vitor morreu “no meio da treta” e que, pelos grupos de whatsapp “os moleques estão marcando uma revanche”.