quinta, 14 de novembro de 2024
Publicado em 16 mar 2022 - 15:21:51
Subtenente estava preso preventivamente no presídio de Romão Gomes; ele e um cabo, que já foi solto, são suspeitos de executar, em setembro de 2021, um homem de 26 anos que já estava com as mãos na cabeça.
Da redação
A Justiça determinou a revogação da prisão preventiva do subtenente Alexandre David Zanete, um dos policiais investigados pela execução de um foragido em Ourinhos (SP). O caso aconteceu no dia 20 de setembro e foi registrado por uma câmera de segurança.
Na decisão, publicada no Diário Oficial da Justiça na última sexta-feira (11), o magistrado destaca ter concedido a liberdade provisória por conta da instrução processual já estar encerrada e pelo fato de o policial militar ser primário e portador de bons antecedentes criminais.
A Justiça também determinou ao policial algumas condições durante o período de liberdade provisória, como obrigação de comparecimento mensal em juízo, proibição de manter contato com todas as pessoas ouvidas como testemunhas, e a determinação de que ele não pode se ausentar da comarca de Ourinhos sem autorização judicial.
O outro policial envolvido no crime, o cabo João Paulo Herrera de Campos, que também estava preso, teve a liberdade concedida pela Justiça, que entendeu não ser mais necessário mantê-lo preso.
O Ministério Público não apontou o cabo como investigado pelo homicídio, apesar de eventual responsabilidade por fraude processual, suspeito de alterar a cena do crime.
Homicídio qualificado
O subtenente Alexandre é acusado de executar Murilo Henrique Junqueira, de 26 anos, que foi morto com três tiros quando já estava rendido e com as mãos na cabeça. Os dois policiais foram indiciados por homicídio qualificado um mês após o crime.
De acordo com o delegado Antônio José Fernandes Vieira, da Seccional de Ourinhos, o inquérito concluiu que não houve legítima defesa, tese defendida pelos acusados do crime.
O Comando local da Polícia Militar encaminhou o caso para a Justiça Militar com o pedido de prisão preventiva. A PM considerou o caso como “conduta inaceitável”.
“Dada a gravidade das imagens expostas e conduta inaceitável de quem tem o dever de zelar pela legalidade e proteção das pessoas, a Polícia Militar, compromissada com defesa da vida, continuará apurando com o rigor necessário e informará a sociedade de todos os atos de investigação decorrentes”, informou a corporação.
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