sexta, 22 de novembro de 2024

Operação contra a exploração infantil prende três indivíduos no interior de SP, sendo um de Piraju

Publicado em 25 nov 2020 - 09:34:04

           

Segundo a polícia, a ação, denominada “Black Dolphin”, cumpre 219 mandados de busca e outros dois de prisão em quatro estados: MG, RJ, RS e SP.

 

Da redação

 

A Polícia Civil prendeu três pessoas em flagrante na região, nesta quarta-feira (25), durante uma operação contra o tráfico e a exploração sexual infantil. As prisões ocorreram em Itapeva, Sorocaba e Piraju, onde também foram apreendidos eletrônicos na casa do suspeito.

Na região de Bauru, a Polícia Civil cumpre quatro mandados de busca e apreensão: três em Marília e um em Jaú.

 

Um dos locais alvo da operação no interior de SP — Foto: Divulgação/Polícia Civil de SP

 

O objetivo da ação é localizar arquivos digitais compartilhados na chamada deep web, conhecida como internet invisível para atividades ilegais, como a exploração sexual infantil.

Segundo a polícia, a ação, denominada “Black Dolphin”, cumpre 219 mandados de busca e outros dois de prisão em quatro estados: MG, RJ, RS e SP. A operação começou em 2018, quando os policiais descobriram um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia.

Também nesta quarta (25), o acusado de chefiar a organização criminosa foi preso em São José do Rio Preto, no noroeste paulista, quando estava dentro de casa com o filho de 5 anos. A criança foi entregue para os avós. Com o investigado a polícia apreendeu máquinas fotográficas e computadores. O homem foi flagrado armazenando material pornográfico infantil.

 

Homem preso durante a operação Black Dolphin em Rio Preto — Foto: Arquivo Pessoal

Rede de exploração

A rede de exploração sexual foi descoberta a partir da identificação de um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia.

De acordo com as investigações, o plano dele era levar a criança para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos, alegando que ela teria desaparecido no parque.

Policiais apreenderam eletrônicos na casa de suspeito em Piraju — Foto: Polícia Civil/Divulgação

 

A partir desse suspeito, os policiais começaram a monitorar a deep web, se infiltrando em mais de 20 comunidades desse perfil e descobriram uma rede de predadores sexuais, principalmente infanto-juvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual.

De acordo com a polícia, foram encontradas mais de 10 mil contas de e-mails para esse tipo de crime. Além disso, foram encontradas mais de cinco clouds (nuvens) exclusivas com imagens de abusos infantis. As nuvens estavam abrigadas em países do leste europeu.

 

Nome da operação

Segundo a polícia, o nome da operação foi escolhido em razão dos investigados afirmarem que as leis brasileiras “são ridículas” e que não haveria prisão, no Brasil, capaz de segurá-los. Somente a prisão Colônia 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, seria capaz de detê-los.

A prisão, localizada na fronteira com o Cazaquistão, é conhecida por abrigar presos condenados à prisão perpétua e pelo rigor no tratamento dos detentos.

(Conteúdo G1)

 

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