quinta, 23 de outubro de 2025
Publicado em 26 set 2025 - 06:48:21
Os quatro amigos viajaram estavam desaparecidos desde o dia 4 de agosto, quando saíram de casa para cobrar uma dívida
Da redação
As declarações de óbito dos corpos dos quatro homens assassinados após cobrar uma dívida em Icaraíma indicam que eles podem ter sido torturados, além de baleados, segundo a advogada de defesa da família das vítimas. As causas exatas da morte, no entanto, devem ser confirmadas com os laudos necroscópicos, que ainda não foram anexados ao inquérito policial.
Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso viajaram de São José do Rio Preto, no dia 4 de agosto, até Icaraíma, onde encontraram o contratante da cobrança, Alencar Gonçalves de Souza.
O quarteto ficou 44 dias desaparecido antes de a polícia encontrar os corpos enterrados em uma área de mata, no dia 18 de setembro. Na declaração de óbito emitida pelo IML, consta que as vítimas sofreram politraumatismo, traumatismo craniano e ferimentos por arma de fogo.
Rafael Juliano Marascalchi, um dos cobradores foi encontrado com o Registro Geral (RG) dentro de um dos tênis, o que pode indicar que ele presumiu a possibilidade de ser assassinado.
“Nós presumimos que talvez ele tivesse colocado o RG dentro do tênis para facilitar sua identificação, já imaginando que ele pudesse vir a ser morto naquele momento”, disse a advogada. Além disso, o atestado de óbito dos cobradores não traz a data das mortes, aumentando as suspeitas de que as vítimas tenham sido levadas para um cativeiro.
A advogada de defesa da família de duas das vítimas, Josiane Monteiro Bichet, informou que teve acesso às declarações assim que os corpos foram liberados do IML e acredita que os homens foram alvo de uma emboscada.
As buscas por Paulo Ricardo e Antônio Buscariollo, foragidos suspeitos de envolvimento nas mortes, continuam.
Denise Cristina, esposa de Robishley Hirnani de Oliveira, outra vítima, afirmou que as famílias não vão desistir e continuam em busca de justiça. “Não vamos parar”, declarou Denise.
Meiriany Marascalchi, esposa de Rafael, acredita que pelo menos 12 pessoas estejam envolvidas nas mortes. Ela relatou que os Buscariollos tiveram ajuda para fugir e que a família deixou comida em pratos na propriedade, indicando que estavam sendo avisados sobre os mandados de prisão.
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