Evento mostrou a importância da imagem para aproximar população urbana da rural e reforçar a diversidade do setor agropecuário

Da redação

A entrega dos prêmios aos cinco vencedores do Concurso Fotográfico Senar 2025, cujo tema foi “Cuidando da Terra, Alimentando Vidas”, mostrou bem a dificuldade de escolher entre as 850 fotos, aquelas que seriam as quatro campeãs. Segundo a editora Eliane Santos, que representou a comissão julgadora, a emoção revelada nas imagens pelos fotógrafos, amadores e profissionais, foi o elemento norteador na escolha das melhores imagens.

“Esse é um momento muito importante, porque, ao premiar essas fotos, estamos debatendo sustentabilidade, agronegócio. Eu acho que das 850 imagens, e a gente teve muito trabalho para fazer essa seleção para chegar nesses 30. Todos os fotógrafos aqui tiveram um olhar de amor para cada uma das imagens retratadas. Então para a gente foi mais do que técnico, a emoção foi uma coisa que nos norteou. E que diversidade maravilhosa, né? Você vê que o agro é isso, gente. É gente, é planta, é animal”, emocionou-se Eliane.

Para o presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, o olhar diferenciado dos fotógrafos é uma ferramenta importante para desconstruir narrativas, mostrar as diversas faces do setor agropecuário. Da planta que germina e lança suas primeiras folhas, passando pela agricultura em larga escala e o produtor anônimo, que contribui para a segurança alimentar de milhões de brasileiros.

“A escolha foi muito delicada. porque todos realmente se deram muito para chegar nesse ponto. Decidir quem é o primeiro, o segundo, o terceiro, até os 30, por exemplo, é muito difícil, é muito complexo. Mas cada um dos senhores são vencedores, porque o importante é participar, o importante é você entrar no núcleo do processo para que a gente possa transformar, levar mais conhecimento para a sociedade. E sem dúvida nenhuma, nós vamos caracterizar essas fotos quando fizermos o nosso instituto. Pretendemos fazer um instituto praticamente semelhante a um museu para que a gente possa contar a história da agricultura de São Paulo e do Brasil” anunciou Meirelles.

O autor da fotografia “Labuta”, que ficou em quarto lugar, Leopoldo Vasselo Sorrila, da cidade de Torrinha, trabalha há alguns anos com fotografia e lembrou que hoje, com um celular, qualquer pessoa pode eternizar imagens lindas. Já a autora da fotografia “Seu Ermelindo”, Ana Silveira, da capital, que tirou o terceiro lugar, disse que a inspiração foi um famoso prato de um tradicional restaurante paulista. Sua proposta foi mostrar, na ocasião, de onde vem os alimentos que compõem os mais requintados menus da gastronomia de São Paulo.

“Estar aqui e receber esse prêmio é um reconhecimento. E, assim, eu acredito que a imagem, como ela me atravessou, agora irá alcançar outros públicos, ter uma ressonância muito maior”, frisou Ana Silveira.

O segundo lugar ficou com Rafael Marcon, da cidade de Marília, com a obra “Linhas do Agro” e a primeira colocação com a obra “Heróis Anônimos”, de Adriano Rodrigo Kirihara, de Presidente Prudente. Na votação popular, Lívia Garcia, de Jacareí, com a foto “Broto da Esperança” foi a grande vencedora, com 1.548 votos de um total de 8.800.

“Quando eu soube do concurso fiquei pensando como eu podia representar a sustentabilidade e a agricultura numa imagem só. Fui a um sítio ecológico, em São José dos Campos, e imaginei que conseguiria demonstrar isso. Enquanto eu estava tirando foto, eu olhei o detalhe, só isso. A gente sempre pensa no macro e esquece de observar os insetos tudo”, concluiu Lívia.

Participaram ainda do evento a subsecretária executiva da Secretaria de Estado de Turismo e Viagens, Mônica Sâmia, o superintendente e o gerente do Senar-SP, Mario Biral e Jair Kaczinski, respectivamente, e o assessor da presidência, Carlos Eduardo Cerri.

FONTE: FAESP / SENAR-SP