sexta, 05 de setembro de 2025
Publicado em 03 set 2025 - 14:07:45
Palestra da atriz Flávia Alessandra reforçou a importância de planejamento para o sucesso
Da redação
Empreender é sempre um desafio, seja nas cidades ou no campo. E o empreendedorismo feminino tem se mostrado uma ferramenta poderosa de transformação social e econômica, promovendo a autonomia financeira das mulheres e fortalecendo sua presença no mercado de trabalho. Ao empreender, elas conquistam independência, aumentam sua autoestima e passam a exercer maior influência nas decisões dentro de casa e na comunidade.
Essa atuação feminina no mundo dos negócios, como explicou a atriz Flávia Alessandra, também contribui para a construção de uma sociedade mais igualitária, onde o protagonismo feminino deixa de ser exceção para se tornar regra. Isso ficou muito claro no 3º Encontro Estadual de Mulheres do Agro, organizado pela Comissão Semeadoras do Agro, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), em parceria com o Sebrae, onde produtoras trouxeram produtos como queijos, café e artesanato para exposição e venda.
“Esse evento mostra a importância das mulheres no meio rural e como os sindicatos estão abertos para dar oportunidades a homens e mulheres. O trabalho que desenvolvemos, sempre junto com o Sebrae Delas, e de mostrar que a mulher precisa estar preparada para assumir seu papel ao lado do marido no dia a dia das propriedades”, explicou a presidente da Comissão, Juliana Farah.
No setor agropecuário, o empreendedorismo feminino ganha contornos ainda mais expressivos. Em um ambiente tradicionalmente dominado por homens, cada vez mais mulheres assumem a liderança na gestão de propriedades rurais, na produção agrícola e em atividades de agroindústria. Elas inovam, diversificam a produção, agregam valor aos produtos e buscam alternativas sustentáveis, gerando renda e fortalecendo a economia local. Esse protagonismo transforma o campo em um espaço de oportunidades, onde a mulher não apenas trabalha, mas decide, lidera e prospera.
“Hoje o Sebrae tem um grande movimento nacional que é chamado Sebrae Delas. É um movimento que trabalha o protagonismo da mulher à frente dos negócios. E dentro desse protagonismo da mulher, a gente vê uma crescente das mulheres à frente do agro. Hoje, nas salas de aulas do Sebrae, a grande maioria dos nossos clientes são mulheres. Então, ultrapassa aí já os 50% já há alguns anos. E quando a gente percebe os setores que vêm crescendo, realmente a mulher no agro tem tido uma participação muito grande”, frisou Janaína Moreira Costa, gestora do Programa Sebrae Delas.
Essa nova realidade impacta diretamente a estrutura das famílias e das comunidades rurais. Com a geração de renda própria, as mulheres ampliam o acesso da família à educação, saúde e melhores condições de vida. Além disso, tornam-se exemplos de força e superação, inspirando outras mulheres a seguirem caminhos semelhantes. Assim, o empreendedorismo feminino no agro vai além da economia — ele promove inclusão, dignidade e desenvolvimento social sustentável.
A produtora Juliana Furlan, da Estância do Queijo de Botucatu, é uma dessas mulheres impactadas. Ao mudar para o meio rural sabia que necessitava buscar uma fonte de renda. Por meio dos cursos do Senar passou a investir na produção de queijos, regularizando sua empresa e demonstrando sua capacidade de transformar a realidade por meio do empreendedorismo.
“Para nós que somos produtoras rurais é muito importante fazer parte de um evento como essa, com a magnitude desse encontro. Além da visibilidade, reforça a importância do trabalho das empreendedoras rurais”, concluiu Juliana Furlan.
FONTE: FAESP / SENAR-SP
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