quinta, 21 de novembro de 2024
Publicado em 27 abr 2023 - 12:03:18
Estudo é realizado pelo Instituto de Biociências do campus de Botucatu. Voluntários vão receber extrato da casca de limão siciliano, que contém compostos conhecidos como flavonoides.
Da redação
Pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu (SP), estão selecionando voluntários sem risco para diabetes ou com pré-diabetes, com mais de 40 anos, para uma pesquisa científica.
Pessoas que estejam acima do peso, tenham pressão alta, ou utilizam medicamento para baixar a glicemia por orientação médica, também podem ser voluntários. As inscrições devem ser feitas até o dia 15 de maio pelo WhatsApp (14) 99132-7447.
Durante a pesquisa os voluntários vão consumir um suplemento que contém extrato da casca do limão, especialmente do limão amarelo, conhecido como siciliano.
A pesquisa foi avaliada e autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu.
O trabalho, coordenado pelo Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Interssan), fará uma série de exames nos voluntários. Eles receberão acompanhamento, durante seis meses, por médicos e nutricionistas.
Casca de limão
Segundo os pesquisadores, o suplemento que será utilizado na pesquisa contém compostos conhecidos como flavonoides, e entre eles a Eriocitrina, um composto orgânico, vegetal, encontrado naturalmente em alguns cítricos, e sem contraindicação como suplemento alimentar.
“A proposta é que o voluntário receba o produto fitoterápico junto com o tratamento convencional para diabetes e pré-diabetes, à base de Cloridrato de Metformina. Os pesquisadores querem analisar se o efeito do medicamento é intensificado quando administrado com o suplemento de Eriocitrina”, explicam os responsáveis pelo estudo.
Pesquisa
“Pesquisas já realizadas com a Eriocitrina sem a Glifage e já publicadas revelaram excelentes resultados”, detalha Thais César, uma das professoras responsáveis pelo estudo. Ela informa que o suplemento aumenta o GLP-1, substância hormonal produzida pelo intestino que estimula a produção de insulina, melhorando a condição clínica do paciente.
O estudo usa a metodologia chamada ensaio duplo cego, quando pesquisadores e voluntários não sabem o que está sendo ingerido, se o suplemento Eriocitrina ou o placebo dele, garantindo maior confiabilidade aos resultados finais.
Os voluntários interessados vão passar por uma entrevista e, caso sejam selecionados, não terão nenhuma despesa com o tratamento, inclusive de alimentação e transporte, quando necessários.
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