quarta, 05 de fevereiro de 2025
Publicado em 11 nov 2016 - 12:07:37
Alexandre Q. Mansinho
Há alguns anos da reforma do trecho da Rodovia Melo Peixoto (SP 278), a população dos bairros Jardim Itamaraty, Pacheco Chaves e do Conjunto Habitacional Moradas Ourinhos, que soma cerca de 4 mil pessoas, corre riscos todos os dias por causa de um projeto mal elaborado das alças de acesso. Os bairros foram isolados da cidade e cercados por um canteiro central que oferece apenas duas passagens, uma de entrada e uma de saída, para um grande fluxo de veículos e pessoas. Alheios às reclamações dos moradores e dos motoristas, as autoridades permanecem inertes.
Élcio dos Santos e Carlos Roberto, mototaxistas, reclamam da falta de planejamento das alças de acesso: “quem fez aquele projeto não teve o menor cuidado em perceber que há vários tipos de veículos, pequenos médios e grandes, dividindo um mesmo espaço, há veículos grandes em alta velocidade e há pedestres, o risco é enorme”, diz Élcio. “Eu não gosto de levar passageiros lá no Itamaraty, o risco é grande, quando a gente faz a curva para entrar no bairro, ficamos um tempo na pista onde os veículos pesados vindos do Paraná estão trafegando, geralmente em alta velocidade”, diz Carlos Roberto.
“É necessário que se faça uma passarela com urgência, também é necessário que se refaça todo o desenho daquelas alças de acesso. De certo estão esperando que se tenha uma tragédia, é um pedaço da rodovia na qual veículos passam em alta velocidade”, alerta o mototaxista Gilvan Rodrigues Pereira: “muitos colegas e outros motoqueiros tem o hábito de cortar caminho pelo meio dos canteiros – isso é um risco – se um veículo qualquer bater na lateral da moto, o motoqueiro perderá a vida na hora”.
O motorista da Empresa Circular Cidade de Ourinhos, Gilvan Rodrigues Pereira, chama a atenção para a quantidade de pessoas que atravessam a rodovia para ir ao supermercado ou para ir às escolas que ficam próximas: “todos os dias centenas de pessoas atravessam esse trecho da rodovia, seria necessário que se fizesse uma passarela urgente”. Gilvan ainda completa: “para nós que estamos todos os dias atravessando a rodovia, é comum ver acidentes, abalroamentos e, principalmente, motoqueiros fazendo manobras perigosas, passando por cima do canteiro central”.
O DER, Departamento de Estradas e Rodagens, que é responsável pelo projeto da reforma, não respondeu aos pedidos de informação feitos pelo Novo Negocião, recentemente o órgão anunciou obras que irão da cidade de Ourinhos até o município de Itapetininga, no entanto os problemas de erros de projeto e de trechos que representam riscos para a população parecem que ficarão para depois. Também é digno de nota a postura da Prefeitura de Ourinhos, que não questionou ou tomou medidas para embargar ou, ao menos, corrigir as falhas que o projeto apresentava – sob a justificativa de não ser o órgão competente para a obra, a Prefeitura permitiu que a obra fosse concluída.
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