quinta, 03 de outubro de 2024
Publicado em 12 fev 2020 - 18:47:19
A Câmara aprovou projeto do Executivo na última sessão em que libera o comerciante para abrir aos sábados, domingos e feriados
Hernani Corrêa
O que era anseio de muitos agora é realidade. O comerciante ourinhense já pode abrir seu estabelecimento quando quiser, sem sofrer sanções de sindicatos patronais ou de empregados do comércio.
A Câmara Municipal votou e aprovou por 10 votos a 4, em regime de urgência na última segunda-feira, projeto de lei complementar do Executivo. Ficou bem claro que não quer dizer que será uma obrigação do comerciante.
Deverá ser respeitada a Convenção Coletiva assinada entre o Sincomerciários e o Sincomércio que prevê o pagamento de horas extras no final de semana, e folga mensal aos domingos.
Há alguns dias atrás, inclusive, uma reunião entre as lideranças dos sindicatos definiu detalhes para que a lei fosse apresentada na Câmara.
NO BRASIL – Uma lei federal permite o trabalho aos sábados e domingos sem o pagamento das horas extras. Esta lei considera o final de semana como um dia normal de trabalho.
O que foi aprovado pela Câmara está diferente e o trabalho de cada funcionário deve seguir a Convenção Coletiva de Trabalho assinada entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores.
POLÊMICA – Novamente, os vereadores da situação e da oposição entraram em embate caloroso. Primeiramente para votar o regime de urgência e, mesmo com cinco edis discordando a maioria venceu: 9 a 5.
Em seguida, após muitas discussões e pronunciamento de quase todos os vereadores, o projeto foi votado e aprovado por 10 a 4. Somente o vereador Alexandre Araújo Dauage (Alexandre Zóio – PRB), mudou seu voto.
OPOSIÇÃO – “Este projeto envolve todo o comércio, trabalhadores, tinha que passar por comissões, ser debatido com a sociedade. Jamais poderíamos votar em regime de urgência. Tenho certeza que se os trabalhadores ficassem sabendo, teríamos umas 500 pessoas no plenário”, argumentou Edvaldo Lúcio Abel (Vadinho – PSDB).
SITUAÇÃO – “O que está muito claro é que todos os acordos feitos com os sindicatos serão respeitados e o comerciante não tem obrigação nenhuma de abrir aos domingos e feriados. Cada um faz o que quer e os trabalhadores não perderão nenhum direito”, contra argumentou Caio Lima (PSC).
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