Alexandre Q. Mansinho

Na década de 2000 e nos primeiros anos da década de 2010 os empreendimentos imobiliários em Ourinhos representavam parte considerável do volume de negócios que compunham o PIB da cidade. Nesse período o perímetro urbano ourinhense foi ampliado sensivelmente e surgiram novos bairros elevando o número da população da cidade. Não era incomum ver, dividindo espaço na paisagem, placas de anúncios divulgando loteamentos para todos os tipos de clientes e para todos os poderes aquisitivos.

Com a crise, no final do ano de 2013, os bancos passaram a usar critérios mais rígidos para conceder empréstimos e, como consequência, as empresas especializadas em empreendimentos imobiliários foram obrigadas a criar linhas de crédito próprias. Com o decorrer dos anos de 2014 e 2015, diante do aprofundamento da crise, as empreendedoras foram forçadas a adiar, ou até mesmo cancelar novos produtos.

Maurício Lopes Gabriotti (CRECI 124285), corretor de imóveis da GHT Empreendimentos, diz que a postura de enfrentamento da crise por parte das empresas é a de aumentar o parcelamento e de negociar os débitos de forma mais fraterna: “não é interesse da empresa perder clientes, por isso estamos negociando com critérios mais flexíveis e apresentando ao cliente mais formas de quitação”. Maurício ainda afirma que as estratégias de propaganda e as alternativas de pagamento foram ampliadas.

“Nós, aqui no Grupo GSP, estamos aceitando até veículos como forma de pagamento”, afirma Dionival Veloso (CRECI 126746): “a alternativa de enfrentamento da crise que nós encontramos foi a diversificação – o cliente precisa entender que somos parceiros, não é interesse de ninguém perder negócios”, completa. Dionival ainda diz que houve uma reestruturação nos calendários de lançamentos dos empreendimentos, mas nenhum foi cancelado: “não podemos nos acovardar diante da crise, é um período que vai ser superado”.