Da reportagem

Na semana passada, o deputado federal Capitão Augusto dirigiu duras críticas ao DER 7, sediado em Assis, em pronunciamento na Câmara Federal. As observações de “falta de competência” e “descaso com Ourinhos”, atingiram em especial o diretor regional do DER, engenheiro Jorge Masataka Mori, que é aposentado mas foi recontratado pelo Estado.

Para tentar superar a suposta “falta de vontade” do diretor e do órgão que representa, o deputado propôs uma manifestação pública para reivindicar as melhorias necessárias nos vários dispositivos de acesso a bairros instalados há alguns anos no ramal Mello Peixoto (SP 278), que interliga a rodovia Raposo Tavares e a divisa dos estados de São Paulo e Paraná.

A manifestação, que já conta com participação de populares, como os moradores do condomínio Moradas Ourinhos 2, está marcada para sábado, 29 de abril, às 10h, na altura do acesso ao Jardim Itamaraty. Esta semana, de acordo com a assessoria do deputado, o DER 7 enviou um ofício dando conta de que “a manifestação não tem amparo legal”, e de que, após o pronunciamento do Capitão Augusto, o DER de Assis e a Prefeitura de Ourinhos estariam “em tratativas com objetivo de realizar melhorias no sistema viário”.

Lava-Jato – O episódio das melhorias na rodovia Mello Peixoto ganharam agora um novo ingrediente. Esta semana, o DER do oeste paulista foi mencionado em delação premiada do diretor de contatos da Odebrecht, Roberto Cumplido. 

Ele acusou diretores do DER de receber propina para direcionar obras em rodovias paulistas. A denúncia chamou a atenção do deputado federal que representa a região (é o único deputado federal eleito que reside na região). 

Capitão Augusto disse que vai apurar também indícios de corrupção na região. “Onde há fumaça há fogo. Vamos saber agora se a incapacidade de investimentos efetivos nas rodovias em nossa região é fruto de incompetência e falta de vontade apenas”, finalizou Capitão Augusto.