“Eu não tomo anticoncepcional, dá muito trabalho. Se acontecer algum “imprevisto” eu compro a pílula do dia seguinte”. Esse pensamento está cada dia mais comum – a correria do cotidiano e as novas formas de organização familiar tem feito com que as mulheres tenham papel cada vez mais ativo na sociedade. Infelizmente, o preço desse protagonismo, para algumas, tem sido problemas de saúde causados pela irresponsabilidade.

O uso indiscriminado da substância levonorgestrel, princípio ativo da popular pílula do dia seguinte, pode causar sérios problemas ao organismo feminino. “Esse medicamento é para ser usado em uma eventualidade, nunca pode ser de uso frequente e nem mesmo pode substituir a pílula anticoncepcional comum”, afirma Jaqueline Bargeri Antonângelo, farmacêutica da rede Drogaria do Povo. “Trata-se de uma grande quantidade de hormônios, seu uso constante pode provocar desde uma irregularidade menstrual até o surgimento de câncer”, completa.

A recomendação dos médicos ainda permanece inalterada: o ideal é que um ginecologista prescreva um anticoncepcional e acompanhe a paciente para eventuais intercorrências, há vários tipos de anticoncepcionais no mercado e é necessário que se escolha o ideal para cada organismo. O levonorgestrel só deve ser usado em uma emergência, aquilo que pode aparentar ser uma praticidade pode se tornar um problema.