Alexandre Mansinho

A Lei de Diretrizes Orçamentárias da União foi aprovada no último dia 14 e incluiu o aumento no salário mínimo, dos atuais R$ 937,00 para R$ 979,00. O aumento de R$ 42,00 – embora necessário, provoca um desequilíbrio nas contas dos pequenos e médios empresários, isso porque o período é de recessão – ou seja – o lucro das empresas tem diminuído. Equivale a dizer que, para profissões que o salário mínimo funcione como base para reajuste, a tendência é de haver demissões ou diminuição no ritmo de contratações.

Mesmo com a política atual de reajuste, que sempre privilegia o salário mínimo com reajustes acima da inflação, o aumento continua abaixo do necessário. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário deveria ter sido de R$ 3.727,19 em junho. A entidade calcula o valor mês a mês, com base na determinação constitucional de que o salário mínimo cubra as despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência de um trabalhador e de sua família.