Eduarda Schuh e Camila Mostasso

O ano de 2017 foi bastante prestigioso e produtivo para os artistas ourinhenses. Além dos projetos culturais já desenvolvidos na cidade, com a famosa atuação da Escola de Música, Escola de Bailado, Biblioteca Municipal e muitos outros, Ourinhos pôde contar com o projeto Palco Livre das Artes, idealizado pela nova administração.

O projeto foi muito bem recebido pelo público e deu à população a possibilidade de demonstrar algum talento ou familiaridade com trabalhos artísticos através de inclusão e divulgação de todas as artes, com palco itinerante para músicos, dançarinos, atores, artistas plásticos, poetas, enfim, para a livre expressão de todas as artes.

Oferecer oportunidades e trazer cultura a toda extensão da cidade é o principal objetivo do projeto. As oportunidades oferecidas aos artistas prestam um auxílio inovador para que toda diversidade artística da cidade seja valorizada, e assim, artistas que, por inúmeras adversidades, não poderiam ou não tinham espaço para divulgar sua arte, possam partilhar do seu trabalho. 

Para Alexandre Cardoso dos Reis, conhecido como Xandão, responsável pela parte artística do Palco Livre, o projeto foi muito bem recebido pelo público. Em entrevista ao Jornal Negocião, Xandão declarou que ‘‘A cidade tem vários artistas que, independentemente da sua ramificação ou “veia artística”, não tinham a oportunidade de mostrar seu trabalho, por vários motivos, destacando-se a falta de incentivo, de apoio e de acesso”.  

No entanto, o resultado do Palco Livre das Artes exibiu a verdadeira importância da abertura de espaço e da visibilidade para o tão diversificado meio artístico. O projeto expôs como a população e a cidade de Ourinhos é rica artística e culturalmente e, através dos artistas que passaram pelo palco, trouxe lindos e positivos retornos.

Pelo palco passaram vários segmentos como: música (vários estilos), capoeira, dança (ballet clássico, jazz, danças urbanas, sapateado, breaking, dança do ventre, contemporâneo, populares, estilo livre, etc), teatro, Taí CHI Chuan, mágica, karatê, poesia, Kung Fu, intervenção urbana, coisas que estavam se perdendo culturalmente falando, como contação de histórias, tocadores de gaita, mímicas, dentre outras coisas.

Quando questionado sobre a continuidade do projeto Xandão confirma: ‘‘Já estamos agendando! O Palco Livre das Artes obteve tanto sucesso que a demanda era tanta que, às vezes, não dava prá atender todos os pedidos’’.

Hoje o projeto Palco livre das Artes vai até as pessoas, foi criado um espaço aberto e gratuito para a cultura, levando a programação cultural para fora do centro da cidade, promovendo o encontro entre artistas e público.

Amanhã, quem sabe, nosso povo esteja tão alimentado e interado com a cultura, que passe a ir de encontro a ela, buscando a cada dia novos projetos e encontrando neles sua própria identidade. Utopia ou não, devemos apostar nisso!