A briga pelo título de carro mais barato do Brasil está esquentando. Com a “aposentadoria” do Mille, que ainda pode ser encontrado em algumas autorizadas, o Palio Fire, também da Fiat, assumiu o posto, enquanto o Chery QQ não divulga o preço do chinês.

Nas “mãos” do hatch produzido em Betim (MG), este papel ficaria muito bem representado. O Palio Fire tem acabamento e desempenho superiores aos de muitos carros com preços acima dos R$ 30 mil. Tabelado a R$ 24.190 na versão de duas portas e R$ 26.190 na de quatro, como a avaliada pelo Jornal do Carro, o compacto carrega certo capricho nos materiais da cabine. Os plásticos que a revestem agradam aos olhos e tato e as peças são bem encaixadas. Opcionalmente, há acabamento emborrachado no volante e material cinza na cobertura do painel central.

Na virada do ano, além de receber air bags frontais e freios ABS de série – agora obrigatórios no Brasil – o Palio Fire teve seu interior reformulado. São novos os revestimentos de bancos e portas. O painel de instrumentos (que poderia ser um pouco mais sofisticado) passa a trazer mostrador digital de combustível. Além disso, a grade frontal foi reformulada. A lista de itens extras agora inclui rádio com entrada USB (R$ 182). Ar-condicionado e direção hidráulica, que já eram oferecidos, continuam disponíveis.

Rodando, o motor 1.0 flexível de até 75 cv torna o carro esperto acima das 2.500 rpm. A partir daí, o nível de ruído e a dificuldade para ganhar velocidade são reduzidas, assim como a incômoda necessidade de o motorista trocar de marcha a toda hora. Para obter acelerações fortes é preciso paciência. Mas isso é comum em carros nacionais com motores de 1 litro aspirados. 

A transmissão causa desconforto, já que a alavanca se mostra imprecisa no encaixe das marchas. É comum confundir a primeira com a terceira, por exemplo. E fazem falta ajustes de altura para o banco e volante, não oferecidos nem na lista de opcionais. Motoristas com menos de 1,65 metro ficam mal posicionados ao volante. O Palio mudou de geração em 2011, mas a versão 1.0 Fire manteve a carroceria antiga.