sexta, 26 de julho de 2024

Poucas e boas

Publicado em 06 maio 2016 - 05:42:26

           

AMIGO DO REI – Embora a autarquia tenha autonomia para fazer suas próprias licitações, a denúncia do vereador Inácio J. B. Filho feita na última sessão da Câmara escancarou que a SAE há anos compra combustível de um mesmo posto. Segundo o vereador, documentos das licitações revelam que o valor pago pela Prefeitura, que compra direto da Cia Ipiranga, é menor que os pagos pela SAE. A diferença no caso da gasolina chega a R$ 0,20 centavos. Em tempos bicudos da economia e pelo princípio da economicidade a SAE deveria seguir o exemplo da PMO e comprar direto das distribuidoras. Mais barato.

MUI AMIGO – Coincidência ou não, o posto está no nome do filho de um correligionário do grupo político que comanda a cidade filiado ao partido de Toshio e do vereador Vadinho (PSDB). É notório parceiro da administração Belkis e durante as campanhas políticas do grupo que administra a cidade há 12 anos exerce um grande protagonismo e influência dentro do partido.    

VELHO AMIGO – Durante o pronunciamento do vereador Inácio o clima esquentou. Ao invés de defender a economia e lisura da Prefeitura no uso do dinheiro público comprando combustível pelo menor preço, o vereador Edvaldo Lúcio Abel reclamou da fala de Inácio. Vadinho estava extremamente incomodado e alegou que Inácio fugia do assunto do requerimento a qual pretendia discutir e saiu em defesa do dono do posto.

BATE BOCA – A irritação de Vadinho foi pelo fato de Inácio ter se referido como “roubo” ao fato da SAE abastecer a frota de veículos no referido posto, pagando valor mais elevado do que o pago pela prefeitura. Vadinho lembrou que é preciso pesquisar a licitação que foi realizada para a compra de combustível antes de fazer acusações, e o clima esquentou. 

PAROU POR QUÊ?

O esqueleto de um prédio que seria uma Unidade de Saúde no bairro Recanto dos Pássaros frustra uma reivindicação de milhares de famílias que moram nas imediações. A obra foi abandonada, e além do atendimento à saúde falta para os moradores daquela região opções de lazer, iluminação e atividades esportivas e culturais.

CANDIDATO – Se o secretário de saúde André Mello for mesmo o indicado a candidato a prefeito pelo grupo Toshio/Belkis como tem se ventilado, ele vai ter que gastar muita saliva explicando a razão da falta de medicamentos básicos e de uso contínuo nos Postos de Saúde. 

DE BRAÇO DADO – Ultimamente André Mello tem sido destaque no noticiário de vários jornais, sites e rádios da cidade. Recentemente ele esteve na comemoração do Dia do Trabalho no Sindicato dos Comerciários. O tempo todo ao lado do ex-prefeito Toshio Misato, alguns presentes ao evento notaram que havia no ar a preocupação de não aparecer ao lado da prefeita Belkis. 

ESCONDE ESCONDE – Durante comemoração no Sindicato dos Comerciários, a prefeita Belkis esteve presente, mas não foi chamada ao palco. Cautela necessária, já que Belkis foi sonoramente vaiada no mesmo evento comemorativo do ano passado ao tentar fazer um discurso. As vaias só cessaram depois que o presidente do sindicato Aparecido Bruzarrosco saiu em socorro da prefeita chamando a atenção da plateia exaltada.

SELO SUJO – Apesar das notas oficiais emitidas pela Prefeitura orientando para que a população não coloque fogo no mato, o que se vê é que o hábito continua sendo praticado nas áreas públicas onde a prefeitura não roçou. Um exemplo é a área às margens do Córrego das Furninhas, que passa dentro do Recinto da Fapi. A limpeza das margens do córrego foi feita colocando fogo no mato, prática que há anos é considerada inadequada e nociva ao meio ambiente.  

MEDÍOCRE – A mediocridade da atuação da administração municipal pode ser medida pela quantidade de terrenos cheios de lixo e mato por toda a cidade. Parece que em ano eleitoral a Prefeitura tem receio de notificar e exigir que os proprietários de terrenos realizem a limpeza. 

FALTA CUIDADO – O mesmo acontece com as calçadas por toda a cidade, desniveladas ou cheias de buracos. Apesar de inúmeros pedidos dos munícipes, não houve nenhuma iniciativa do governo público em tomar providências para resolver esse problema crônico, que é razão de acidentes principalmente com idosos.  

PROMOVENDO MUDANÇAS – Quando se vê a movimentação dos estudantes paulistas que exigem investigação sobre o escândalo da merenda nas escolas estaduais, é preciso lembrar que num passado recente um grupo de jovens ourinhenses teve coragem de deflagrar uma investigação sobre a falta de licitação para o transporte público em Ourinhos. O grupo, denominado de CDMO, também denunciou que na prática a AVOA não divulgava alguns benefícios a que os usuários teriam direito. Depois descobriu-se que a empresa sonegava ISS.

CADÊ O DINHEIRO? – A Câmara realizou CPI para investigar o escândalo do vale-transporte, que apurou o desvio de quase 4 milhões de reais dos cofres públicos. O caso está no Ministério Público e, embora dois ex-funcionários tenham sido apontados como culpados ainda não são conhecidos os nomes de todos os envolvidos na maracutaia, e muito menos onde foi parar a quantia milionária. 

CTRL C / CTRL V – O vereador Lucas Pocay divulgou que conquistou junto ao Ministério das Cidades uma verba de R$ 1.500 milhão, já liberada, para recapeamento asfáltico. Atento, o vereador sabe que todo cuidado é pouco quando se trata da criatividade da Coordenadoria de Comunicação da PMO. Volta e meia a assessoria de imprensa da prefeita divulga notícias de feitos e conquistas de outros agentes políticos como se fossem da administração. A prática é comum e é destinada a imprensa atrelada do copiar/colar.

 

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