sexta, 26 de julho de 2024

Projeto de ciclovias não sai do papel

Publicado em 15 jul 2016 - 03:07:29

           

Em agosto de 2012 no final da gestão do ex-prefeito Toshio a 60 dias do pleito que elegeu Belkis Fernandes sucessora de Misato, a Prefeitura de Ourinhos divulgou a notícia de que teria iniciado a construção de uma ciclovia de 3 km ligando a COHAB ao centro, margeando a linha férrea pela Rua Júlio Mori até a Praça da Mulher no pontilhão da Rua Antônio Carlos Mori. A ciclovia teria 3 metros de largura, sinalização, paisagismo sendo uma moderna alternativa para trafegar seguro sobre duas rodas. A etapa inicial do projeto foi a terraplenagem, feita as pressas com a promessa de que em 30 dias a ciclovia estaria concluída. Saiu Toshio e Belkis assumiu o comando da prefeitura e muitos até acreditaram que a inédita obra seria tocada pelo próximo chefe do executivo, no entanto nada foi feito.

Há um ano durante entrevista coletiva no dia 06 de julho de 2015 a prefeita Belkis anunciou a implantação de um projeto de 6 km de Ciclovias e Ciclo faixas em Ourinhos a ser desenvolvido por etapas estendendo-se a várias regiões da cidade, interligaria bairros ao centro com ponto de convergência na Praça da Mulher no encontro da Rua Júlio Mori e início da Rua António Carlos Mori. A praça fica ao lado do pontilhão da ferrovia onde seriam implantados área de convivência e bicicletário como ponto de apoio para as pessoas que se utilizam da bicicleta como meio diário de transporte, ou mesmo aqueles que pedalam por esporte ou lazer.

Do projeto somente a Ciclo Faixa na Av. Miguel Cury na Nova Ourinhos com cerca de 1.600 metros foi feita em aproximadamente 30 dias, a interligação com a Avenida Horácio Soares (trilha Verde), Av. Joaquim Luiz da Costa até Praça da Mulher ficou só no papel. Já o trecho que teria um maior aproveitamento por usuários, do início da Rua Júlio Mori até a COHAB margeando os trilhos da ferrovia ficou só na terraplenagem feita em 2012 durante período pré-eleitoral. Mais longo, plano e adequado a ciclovias com extensão de aproximadamente 3 km o trecho iria atender um grande número de ciclistas da COHAB, Vila Odilon e adjacências que diariamente se deslocam até a área central.

Passados um ano, menos de um terço do que foi anunciado foi realizado e; como em períodos eleitorais muitas promessas se renovam como se inéditas fossem, a prefeitura agora diz que pretende dar continuidade ao projeto. A informação é do Coordenador Municipal de Trânsito Alfredo Amádio que em contato com a reportagem, sem indicar prazos ou datas declarou: “Já estamos estudando o que nós vamos fazer para dar continuidade ao projeto, como havíamos planejado a segunda parte ligará o trecho já existente da Av. Miguel Cury na Av. Horácio Soares; Av Joaquim Luiz da Costa até a Praça da Mulher ao lado do pontilhão da ferrovia (próximo à empresa Marví).

Segundo Amádio a coordenadoria ainda analisa qual será o tipo de ciclovia a ser implantada nesse trecho nesse momento, já que o asfalto nas duas avenidas está em más condições com a necessidade de recapeamento. Sobre o trecho de 3 km entre a Rua Antônio Carlos Mori até a COHAB o coordenador disse que a área é de domínio da ferrovia Rumo ALL. Ele revelou que, por questões de segurança a empresa ferroviária já havia interferido na implantação ainda em 2012 quando Toshio Misato prometeu a ciclovia em 30 dias mandando terraplenar a área. Ou seja, mesmo antes do projeto da prefeita Belkis anunciado em julho de 2015 que incluiu o trecho de domínio da ferrovia.

 

A reportagem do NOVO NEGOCIÃO entrou em contato com a assessoria de comunicação da Rumo ALL questionando sobre os impedimentos relativos à construção de ciclovia em área de domínio da empresa. Fomos informados que nenhum pedido ou projeto relacionado ao assunto está registrado no sistema administrativo da empresa. A concessionária informou ainda que para qualquer intervenção na faixa de domínio da ferrovia é necessário atender as determinações da ANTT por meio da resolução nº 2.695 de 13 de maio de 2008, que estabelece os procedimentos a serem seguidos pelas concessionárias de serviço público ferroviário para a realização de obras.

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