domingo, 08 de setembro de 2024

Realização ou não de Carnaval em Ourinhos é debatida por vereadores na Câmara

Publicado em 27 nov 2021 - 14:02:12

           

Da redação

Apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19, que trouxe queda no número de internações e mortes, algumas cidades do centro-oeste paulista já divulgaram o cancelamento da festa do carnaval em 2022. O grande receio dos gestores é que o evento aumente a incidência de casos e fortaleça uma nova onda de contaminação.

Marília, Lins, Itápolis, Ibitinga e Borborema já anunciaram que não vão realizar a festa como medida de prevenção da Covid-19. Em Ourinhos, o assunto repercutiu na Câmara Municipal de Ourinhos na última Sessão Ordinária, da segunda-feira, 22/11.

O vereador Guilherme Gonçalves protocolou requerimento nº 1821/21, que requer informações sobre a possibilidade de não se gastar dinheiro público com carnaval em Ourinhos no ano de 2022.

Marília, Lins, Itápolis, Ibitinga e Borborema já anunciaram que não vão realizar a festa como medida de prevenção da Covid-19

 

Para Guilherme, além de estarmos vivendo um momento difícil e de luto, se torna desnecessário gastar com festa um dinheiro que poderia ser investido na saúde, no combate a outras doenças. Ele se posicionou contra o uso do dinheiro público para realização de qualquer ação de carnaval.

Roberto Tasca pensa que a maior preocupação, além do dinheiro, é a aglomeração, visto que em Ourinhos não há festas de carnaval de rua, e não são feitos grandes investimentos para isto. O vereador acredita que o prefeito é sensível a causa e não fará investimentos desse tipo neste momento.

Roberta Stopa, do Mandato Coletivo Enfrente, se posicionou favorável à cultura, a arte, e ao carnaval, que é uma forma de cultura e expressão popular

 

A vereadora Raquel Spada e Éder Motta também se manifestaram a favor de Gonçalves, por considerarem que ainda não é momento para festas, que é necessário respeitar o momento de dor de tantas pessoas.

Cícero também apoia o companheiro de bancada, pelo momento que estamos passando na saúde e pelo luto, e acredita que haverá outros carnavais e um passo atrás não prejudicaria ninguém.

Roberta Stopa, do Mandato Coletivo Enfrente, se posicionou favorável à cultura, a arte, e ao carnaval, que é uma forma de cultura e expressão popular. Segundo a parlamentar, se o motivo é orçamentário, é necessário analisar se o pouco investimento feito no carnaval vai causar algum impacto positivo na saúde pública, mas se a questão é a pandemia, deve ser levado em conta as orientações da OMS, mas não se deve criminalizar o carnaval, e sim fiscalizar.

O Governador João Doria anunciou, nesta quarta-feira (24), a flexibilização do uso de máscaras no estado de São Paulo em áreas abertas

 

NA CAPITAL PAULISTA – O cronograma está mantido na capital do estado de São Paulo. A gestão municipal manteve o cronograma e quer criar comitê com Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte para tomar decisões de forma conjunta. Mas, vale lembrar, que a realização da festa depende da autorização dos órgãos sanitários.

 

FLEXIBILIZAÇÃO – O Governador João Doria anunciou, nesta quarta-feira (24), a flexibilização do uso de máscaras no estado de São Paulo em áreas abertas. A medida, que começa a valer a partir do dia 11 de dezembro, está amparada em orientação do Comitê Científico do Estado e em dados positivos de avanço da vacinação e do cenário epidemiológico. O uso das máscaras continua obrigatório em ambientes fechados e no transporte público.

 

OMS – A Organização Mundial da Saúde divulgou alerta nesta terça-feira, 23/11. A diretora-Geral assistente da OMS para acesso a medicamentos, Mariângela Simão, afirmou que o mundo está entrando em uma quarta onda de casos de Covid-19 e que, apesar dos dados atualmente positivos, o Brasil não pode relaxar no controle da doença.

Apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19, que trouxe queda no número de internações e mortes, algumas cidades do centro-oeste paulista já divulgaram o cancelamento da festa do carnaval em 2022

 

A mobilização em torno do carnaval é um dos pontos de preocupação apontados pela diretora. Ela teme uma disseminação descontrolada do vírus, pois existem riscos de novas variantes mais agressivas surgirem com a ampliação da transmissão, mesmo com maioria dos brasileiros vacinados. Por fim a diretora ressaltou que, entre outros pontos, o momento exige políticas públicas baseadas em evidências científicas.

© 1990 - 2023 Jornal Negocião - Seu melhor conteúdo. Todos os direitos reservados.