Alexandre Mansinho

Embora buscas online sobre temas relacionados ao machismo no Brasil tenham crescido, a desinformação sobre o tema ainda impera na internet. Os brasileiros que têm acesso à internet estão cada vez mais interessados em pesquisar o termo “machismo” nos canais de busca do Google e do YouTube.

O apontamento faz parte de uma pesquisa realizada pelo Google BrandLab, que realizou 700 entrevistas online em diversos estados brasileiros e analisou o resultado nos canais de busca do Google e YouTube. Constatou-se, entre outros, que consultas com o termo “machismo no Brasil” aumentaram 263% nos últimos dois anos.

O temor, assim, saltou da 9ª posição para 3º em volume de busca, e a existência do machismo no país é uma verdade assumida por 78% dos brasileiros. A pesquisa aponta que, apesar do crescimento do interesse, ainda há falta de informação sobre o tema. Para metade dos homens, machismo e feminismo são movimentos equivalentes.

ntre os comportamentos ligados ao machismo que, de acordo com os pesquisadores, vem sendo questionado pelos homens, está o cuidado com os filhos. Para 88% dos brasileiros, ser um bom pai é participar ativamente do cotidiano dos filhos. A pesquisa constatou 40% da audiência do YouTube de vídeos sobre cuidados com bebês é masculina.

PALAVRA DE MULHER – Janine Cecília, ativista do Coletivo Feminista Geni, de Ourinhos, conversou com o Jornal Negocião e disse ver com bons olhos esse movimento detectado pelo Google e Youtube: “estou me acostumando a não me atrever a dizer o que vai ser do futuro, mas eu considero sim uma boa notícia esse aumento das buscas online sobre o machismo (…) machismo é uma violência estrutural e todos, de uma forma ou outra, reproduzem esses conceitos (…) penso que o conhecimento seja a melhor maneira de combater esse problema”.