sexta, 26 de julho de 2024

Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos através do médico urologista Dr.Luiz Felipe destaca a importância de exames preventivos à saúde do homem

Publicado em 25 nov 2016 - 04:32:48

           

Da redação

O médico urologista, Dr.Luiz Felipe, do corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos (Oncologia), alerta para a conscientização da prevenção como um todo e não apenas em relação ao câncer de próstata que é o alvo principal da campanha.

Quando se fala em saúde do homem é necessário pensar também em andropausa, disfunção erétil, disfunção sexual, doença sexualmente transmissível e a síndrome metabólica que engloba o sedentarismo, obesidade, diabetes, colesterol alto e hipertensão arterial. Assim, a consulta ao médico urologista, ao menos uma vez ao ano, é primordial para o pedido e acompanhamento dos exames preventivos. “O médico pedirá todos os exames para saber se a saúde está em boas condições. Entre estes o PSA (Antígeno Prostático Específico) que é uma triagem para diagnosticar o câncer de próstata”, explica Dr Clélio.

Já o toque retal deverá ser feito anualmente por homens com idade acima dos 50 anos e acima de 45 anos para aqueles que têm casos de câncer de próstata na família. “Intrigante que o homem incentiva sua esposa a se prevenir e fazer os exames de rotina, mas ele mesmo não se cuida. Ainda existe um machismo em torno da atenção à saúde masculina”. O médico urologista, atenta para a prevalência de 18% do câncer de próstata no público masculino, no Brasil.

Além disso, o médico alerta para o fato da precocidade dos óbitos masculinos. Pesquisas apontam que de cinco mortes de adultos jovens (25 a 45 anos), quatro sejam de homens. Nesta fase as principais causas de morte são evitáveis, como, suicídio, homicídio, drogas, álcool e acidentes.

Já na faixa entre 45 e 65 anos, a principal responsável pelos óbitos é a síndrome metabólica, citada acima. Já após os 65 anos, o câncer de próstata e de pulmão são responsáveis pela maior parte das mortes.

Tratamento – O tratamento do câncer de próstata é realizado principalmente por meio da prostatectomia radical, técnica cirúrgica, sendo a mais utilizada a suprapúbica. Também é admitida a observação assistida, hormonioterapia e radioterapia. “No caso da prostatectomia, as chances de cura são de 90%, estar com câncer de próstata, não significa que o paciente vá morrer. Além disso, o diagnóstico precoce é de extrema importância”, finaliza Dr. Luiz Felipe

Próstata – A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que só os homens têm. Fica logo abaixo da bexiga e na frente do reto e a uretra, o canal que transporta urina passa através dela. A próstata contém pequeninas glândulas especializadas que produzem parte do líquido seminal ou sêmen, que protege e nutre os espermatozoides.

Hormônios masculinos fazem com que a próstata se desenvolva no feto e ela vai crescendo à medida que um menino se torna adulto. Se o nível de hormônios masculinos for baixo, a glândula não vai atingir suas dimensões totais. Em homens mais velhos, frequentemente à parte da glândula em torno da uretra cresce continuamente, causando a hiperplasia prostática benigna (HPB), que causa dificuldades no ato de urinar.

Embora a próstata seja constituída por vários tipos de células, a maioria dos cânceres de próstata tem origem nas células das glândulas que produzem líquido seminal. Eles são chamados de adenocarcinomas.

Na maioria das vezes, o câncer de próstata tem desenvolvimento lento e alguns estudos mostram que cerca de 80% dos homens de 80 anos, que morreram por outros motivos, tinham câncer de próstata e nem eles nem seus médicos desconfiavam. Em alguns casos, porém, ele cresce e se espalha depressa.

Alguns especialistas acreditam que o câncer de próstata começa com pequenas mudanças no tamanho e forma das células das glândulas da próstata. Essa alteração, conhecida como neoplasia intraepitelial prostática (PIN), podem ser de baixo grau (quase normais) ou de alto grau (anormais). Biópsia de próstata com PIN de alto grau indica grande chance de haver células cancerosas e exige novo exame.

Em 2016, cerca de 61 mil brasileiros receberão diagnóstico da doença, sendo a segunda causa de morte por câncer entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Nos Estados Unidos, as estatísticas indicam que 1 a cada 6 homens vai ter câncer de próstata, mas apenas 1 em cada 34 vai morrer por causa da doença. A taxa de mortalidade da doença está em queda, em parte porque está sendo diagnosticada precocemente.

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