Alexandre Q. Mansinho

A reportagem do Jornal Novo Negocião foi as ruas e perguntou para os frequentadores do comércio de Ourinhos se eles tinham alguma simpatia, mania ou tradição que costumavam fazer na virada do ano, o resultado surpreendeu: a maioria não se prende a nenhum ritual, como comer lentilhas ou fazer mandingas; o que mais se ouviu deles foi: “o importante é estar com a família e os entes queridos”. Foram ouvidas 55 pessoas, sendo 27 mulheres e 28 homens; poucos consideraram importante vestir branco ou fazer simpatias, a maioria, mais de 80%, considerou importante apenas passar a ceia e a virada com a família e amigos. Embora essa pesquisa não tenha nenhum rigor científico, é possível verificar uma forte tendência que se confirma também no restante do país.

Essa tendência a menos gastos e mais “afeto” é explicada, em partes, pela crise financeira e pelo clima de pessimismo que perdurou durante todo o ano de 2016. Segundo Fabio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas, a virada do ano contará com opções mais baratas: “as pessoas estão gastando menos com o réveillon, tradicionalmente o Natal é que era um evento mais familiar, mas a crise tem obrigado as pessoas a buscarem alternativas mais baratas para a ano novo também. Por outro lado, fontes do setor imobiliário da cidade registram um pequeno aumento no número de pessoas que procuram chácaras e propriedades reservadas para festas com o objetivo de fazer reuniões familiares.

“O importante é refletir sobre o ano que passou e se cercar da família e dos amigos”, diz Fernando Bruzarrosco. Flávio de Paula Lima, acha importante usar branco e desejar muita paz para o ano que se inicia: “não tenho nenhum outro hábito, mas acho importante estar junto das pessoas queridas. A família Carlos Alberto, Camila Giordana e Jean Tobias reforçam a tendência da pesquisa: “não tenho nenhuma tradição no réveillon”, diz Carlos Alberto. Já Camila chama a atenção para a importância de se pedir paz, saúde e felicidade na virada do ano: “não tenho hábito de simpatias, mas faço orações para termos um ano de paz”.

Para Letícia França Bonatto, as festas e confraternizações de final de ano são importantes, mas não superam a necessidade de se estar com quem se ama: “eu uso branco, mas só – conheço pessoas que acreditam nas tradições de se usar cores específicas para ter dinheiro ou sucesso, mas não faço isso. Dezirée Bonato, por sua vez, também prefere a presença dos familiares, mas não abre mão de usar branco: “respeito todas as outras tradições, mas, para mim, o que vale é ter paz no coração”.