sábado, 08 de fevereiro de 2025

Animais de estimação precisam de atenção redobrada nos finais de ano, dizem especialistas

Publicado em 19 dez 2016 - 09:38:11

           

Alexandre Q. Mansinho

Estudos do IBGE, divulgados em 2013, afirmam que existem 1,7 animais de estimação por residência na região do Brasil na qual se encontra Ourinhos. O mesmo IBGE dá conta que em Ourinhos existem cerca de 25 mil residências, portanto é possível afirmar que o número de animais de estimação no município ultrapassa os 45 mil. Quando chega o período de festas, devido as grandes mudanças nas rotinas das famílias, muitos desses animais costumam sofrer estresse e até maus tratos quando não há a posse responsável.

Em entrevista para o Jornal Novo Negocião, a Dra. Letícia Pereira Vaz Machado, médica veterinária, falou sobre as necessidades dos animais e orientou como medidas simples pode diminuir os transtornos dessa época do ano.

“Não devemos mudar a dieta dos animais, sobretudo dando para eles alimentos salgados e gordurosos – nunca se deve dar restos de comida das ceias ou doces e salgados, é muito nocivo a saúde dos bichinhos”, afirma Dra. Letícia: “outro transtorno muito comum é com os fogos de artifício e os cães – como eles têm a audição muito sensível, costumam ficar assustados, fugir, se machucar e ficar muito estressados – não há uma fórmula mágica, o ideal seria não haver fogos de artifício, mas, como é impossível, convém que o dono do animal coloque ele em um ambiente seguro, para impedir que ele fuja ou se machuque, e, se possível, junto com coisas que ele gosta – como brinquedos por exemplo”.

A mudança nas rotinas das famílias vai muito além das festas e ceias, há também as viagens que podem ser um transtorno se não forem tomadas algumas precauções: “de todos os animais de estimação, os cães são os mais sensíveis às mudanças – eles sentem saudade, deixam de comer e podem até ter baixa na imunidade por causa do sentimento de abandono. Caso os proprietários não possam levar os cães na viagem, convém que eles fiquem com outra pessoa que cuide e, se for o caso de levar para outro local, como hotéis para cachorros, os utensílios, brinquedos e até a ração do cão deve ser levada também, para diminuir a sensação de falta”.

Nessa época do ano também aumenta o número de animais de estimação perdidos ou abandonados, números extra-oficiais fornecidos por ONG’s como a ADAO (Associação de Defesa dos Animais de Ourinhos), indicam que há mais de 2 mil cães abandonados ou em abrigos provisórios no município, isso sem contar os que vivem nas ruas – esse número revela a irresponsabilidade de muitos proprietários que não consideram os bichos como seres vivos que necessitam de cuidados.

Por outro lado, existem vários proprietários que são responsáveis e dão toda a atenção necessária para seus animais. Wilson Lino Mariano e Camila Mariano, donos dos cachorros Moly e Cacá, fazem questão de passear com eles e tomar todas as medidas necessárias para o bem estar dos pets. “Eu levo água e uma vasilha para eles poderem beber durante o passeio, levo também saquinhos para o caso deles fazerem cocô na rua – não é certo deixar sujeira para os outros limparem”, afirma Wilson. Sobre os fogos de artifício, tanto Camila quanto Wilson são totalmente contra: “eles têm audição sensível, isso assusta os cachorros”, diz Camila.

 

 

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