quarta, 09 de outubro de 2024
Publicado em 02 jul 2020 - 15:06:08
O motorista era morador de Bariri, trabalhava para uma transportadora de Santa Catarina e estava na empresa na região do Vale do Itajaí quando foi atingido por um muro que desabou. A vítima se aposentaria no mês de agosto de 2020.
Da redação
Um caminhoneiro de Bariri (SP) é uma das vítimas da tempestade causada pelo “ciclone bomba” que atingiu o sul do país na terça-feira (30). Até a manhã da quarta-feira (1) foram confirmadas dez mortes em decorrência do fenômeno climático.
Segundo familiares, Sérgio Idalgo, de 59 anos, trabalhava para transportadora de Santa Catarina e estava na empresa na região do Vale do Itajaí quando foi atingido por um muro que desabou. A Defesa Civil local informou que ele ficou preso entre um caminhão e a estrutura que desabou. A vítima estava prestes ase aposentar.
Familiares contaram que Sérgio saiu de Bariri no domingo, 28, para trabalhar em Santa Catarina. Ele era casado, tinha dois filhos e duas netas.
Viviane Rodrigues Idalgo, nora de Sérgio e mãe das duas netas do caminhoneiro, conta que a tão sonhada aposentadoria chegaria dentro um mês, após cerca de 40 anos de trabalho nas estradas.
“Ele [Sérgio] estava na profissão que amava havia 40 anos, sem nunca ter sofrido um acidente sequer. Era responsável e honrava com muito amor a bandeira ‘Sou Caminhoneiro’. O mundo perdeu um grande homem pra uma tragédia imensurável”, disse Viviane.
Segundo Viviane, a aposentadoria era esperada com ansiedade pelo caminhoneiro, que planejava passar mais tempo com a família no interior de SP, em especial com netas Mariah Eduarda, de 9 anos, e Antonella Valentinna, de 2.
O corpo de Sérgio Idalgo foi liberado na tarde da quarta-feira e chegou em Bariri na madrugada desta quinta-feira (2), onde foi velado e sepultado às 10h no Cemitério Municipal.
A empresa onde Sérgio trabalhava informou que está prestou toda a assistência à família e ajudando nos trâmites para liberação do corpo.
FENÔMENO – Santa Catarina foi o estado mais afetado pelo fenômeno na terça. Fortes temporais atingiram o estado. Árvores foram derrubadas e muitas casas destelhadas.
Os ventos chegaram a 120 km/h, de acordo com a Defesa Civil. Nove pessoas morreram no estado. O interior do Rio Grande do Sul também registrou estragos pela forte chuva. Um homem morreu soterrado.
No Paraná, ventos de quase 100 km/h derrubaram árvores e deixaram imóveis de Curitiba sem energia elétrica. Em São Paulo, o “ciclone bomba” trouxe frente fria e provocou rajadas de vento de mais de 50 km/h na capital paulista. Duas lanchas e sete barcos afundaram em Peruíbe, no litoral paulista. Em Itapeva (SP), as rajadas de vento chegaram a 91 km/h, derrubando árvores. Ninguém ficou ferido.
O estado ainda pode registrar rajadas de vento em torno de 80km/h nesta quarta-feira por conta dos reflexos ciclone extratropical, conhecido por ciclone bomba, que continua atuando em Santa Catarina.
(Conteúdo G1)
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