sexta, 14 de novembro de 2025
Publicado em 01 jul 2016 - 05:45:25
Na última semana foi divulgada a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que determina que a cesariana a pedido da grávida só pode ser realizada a partir da 39ª semana de gestação. Mas a regra tem exceções, como nas situações em que gestante ou bebê correm risco caso o parto não seja antecipado ou em que a mulher entra em trabalho de parto antes das 39 semanas. A decisão deve ser seguida nos hospitais públicos e privados e nela consta que não havendo situação de risco para a mãe nem para o bebê, a cesárea agendada deve ser feita a partir da 39ª semana de gestação. Antes isso já era possível a partir da 37ª. Este é um padrão adotado em outros países desde 2013.
Para nós leigos e leigas no assunto ou para as mãezinhas que carregam a barriguinha, duas semanas a mais pode parecer pouco, mas fazem uma grande diferença no desenvolvimento e amadurecimento do bebê. Pesquisas afirmam que, embora alguns médicos digam que o bebê com 37 semanas já está formado, a reta final é muito importante para o desenvolvimento do cérebro, do fígado e dos pulmões. Na 39ª semana, eles estão não só formados, mas maduros, afirma Adriana Scavuzzi, conselheira federal.
Segundo o Conselho Federal de Medicina, bebês que nascem antes desse período têm mais chance de ter problemas respiratórios, dificuldades para manter a temperatura corporal e se alimentar. As cesáreas já representam 55,6% dos partos do país e, entre as mães que têm mais de 12 anos de escolaridade, o número de cesáreas é ainda maior: 8 em cada 10 bebês nascem assim. A mulher continua tendo autonomia para decidir que tipo de parto quer ter, mas agora se preferir cesárea, terá que assinar um termo de consentimento junto com seu médico. Em entrevista publicada no site G1, o presidente do Conselho Federal de Medicina diz que a medida não deve mudar o número alto de cesárias no país. “Não é uma resolução para trabalhar nesse sentido. Essa resolução se destina a segurança do feto na realização da cesárea a pedido da mulher”, diz Carlos Vital Corrêa Lima.
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