segunda, 07 de outubro de 2024
Publicado em 11 nov 2015 - 10:44:47
Assessoria de Comunicação
Uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Maus-Tratos de Animais discutiu nesta terça-feira (10) o tratamento oferecido a animais de rodeio e vaquejada durante a criação, transporte e exposições. O debate foi solicitado por requerimento do deputado federal Capitão Augusto (PR-SP).
O veterinário Cesar Fabiano Vilela e o diretor de Os Independentes de Barretos, Emilio Carlos dos Santos, foram convocados para palestrar sobre o tema.
Capitão Augusto destacou que a audiência pode esclarecer pontos confusos e afastar suspeitas de ações indevidas contra animais na realização de rodeios.
“Foi altamente positivo o debate. Os expositores provaram e comprovaram que não há nenhum tipo de maus-tratos aos animais que participam dos rodeios. Muito pelo contrário, são extremamente bem tratados”, destaca.
O parlamentar criticou a inclusão das festas de peão na CPI, mas avalia que o resultado foi favorável. “A comissão foi instaurada visando nove itens sem a inclusão de rodeios, vaquejadas e provas equestres. Forçaram a colocação dos rodeios nessa CPI e, no fim, o saldo foi altamente positivo. A maioria dos deputados foram favoráveis”, dispara.
PL 1767/15 – Um projeto de lei de Capitão Augusto pretende elevar manifestações ligadas ao rodeio à condição de patrimônio cultural imaterial do país, como uma maneira de valorizar as tradições e ampliar a legislação em torno da atividade.
Montarias, provas de laço e de rédeas, apartação, bulldog e vaquejada estão entre as práticas incluídas no PL 1767/15.
“É algo que vem para consolidar os rodeios no Brasil. Estudos americanos vêm comprovando que não há nenhum tipo de maus-tratos aos animais de rodeios”, diz. Ele argumenta que são realizados mais de 2 mil rodeios em todas as regiões brasileiras, com um público de aproximadamente 24 milhões de pagantes, um número que supera os principais torneios de futebol.
O parlamentar foi o responsável pela inédita instalação da Frente Parlamentar do Rodeio na Câmara, que é uma associação suprapartidária composta por mais de um terço dos parlamentares. O objetivo será aprimorar a legislação federal do segmento tanto nas regras relativas ao atleta profissional como nas normas de promoção dos eventos.
“A gente percebe aqui que são grupos minoritários que são contra a questão dos rodeios e acabam utilizando a extinção da festa como palanque, porque a grande maioria dos parlamentares está em nossa frente, quase metade do Congresso participa”, declarou.
Segundo o parlamentar, a indústria do cavalo gera mais postos de trabalho que a automobilística e representa importante fatia econômica nacional.
“É o que a população realmente gosta e estamos aqui para representar a população. Não essa minoria de ativistas que vêm aqui querendo acabar com essa festa popular”, conclui.
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