terça, 17 de setembro de 2024
Publicado em 21 jul 2016 - 03:50:59
Em 2012, as eleições municipais para vereador de Ourinhos, cidade com cerca de 70 mil eleitores, contou com 132 candidatos, número considerado adequado levando em conta as condições sociais e econômicas para aquele ano. Para as eleições de 2016, no entanto, a expectativa é que o número de candidatos caia para cerca de 80 – pelo menos é o que pensam os coordenadores de campanha procurados pela reportagem. A legislação eleitoral para 2016 sofreu grandes mudanças, de modo geral procurou-se normatizar questões relativas a prazos e gastos, pontos nevrálgicos para a coordenação das campanhas políticas. O rigor das normas aliado aos valores altos das multas para quem infringir qualquer regra já tem um efeito visível no cotidiano das cidades, todos os candidatos estão cautelosos e tomando muito cuidado com suas manifestações.
“A lei procurou impedir a gastança e a sujeira, coisas que já eram normais nas campanhas, mas há um efeito colateral: candidato que não tiver nome não vai conseguir nem 100 votos”, afirma um pré-candidato. O período permitido para campanhas, que era de 70 dias, caiu para 45 dias em 2016: “isso não ajuda a renovar os vereadores, teremos uma eleição que vai representar a mesmice”, afirma. As redes sociais talvez representem esse ano o maior canal de divulgação de propagandas eleitorais, no entanto estará longe de ser um território sem lei: o TRE vai exigir registro de todos os sites e perfis relacionados às campanhas, além de fiscalizar com rigor a existência de perfis falsos que possam ser usados para publicar ofensas e mentiras sobre candidatos rivais.
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