terça, 15 de outubro de 2024
Publicado em 14 jul 2021 - 19:00:48
Com a ajuda da prefeitura e da iniciativa privada, 60 pessoas poderão viver em condições melhores no futuro
Hernani Corrêa
O destino de 16 famílias que vivem há aproximadamente 12 anos em condições desumanas em Ourinhos pode vir a ser mudado em breve. Pelo menos é o que a prefeitura está prometendo.
Na tarde de hoje, 14, a reportagem do Negocião foi convidada pelos moradores que se empossaram de um terreno próximo à Vila São Luiz. A área fica acima do córrego que margeia os fundos do cemitério municipal, na Rua Eduardo Peres.
ORDEM DE DESPEJO – Segundo denúncia dos moradores, a prefeitura iria levar uma ordem judicial de despejo e teriam que desocupar a área imediatamente. Um dos moradores nos mostrou um áudio gravado no dia em que funcionários do órgão municipal fizeram a declaração com ameaças.
“Eles nos disseram que estamos morando em APP – área de preservação ambiental – correndo o risco de vida por pane elétrica, chuvas fortes, etc. Que viriam com ordem judicial para despejar todos nós. E pra onde nós vamos?”, reclamaram.
São 60 famílias que moram sem nenhuma dignidade em barracos feitos por elas, com água de poço, energia elétrica precária sem chuveiro e com banheiros em foça. São praticamente todos parentes.
Segundo eles, todos trabalham: as mulheres na coleta de reciclagem, os homens na lavoura quando tem serviço ou de carpinteiros fazendo bicos. Assim, conseguem se manter.
AJUDA DE VOLUNTÁRIOS – Eles também recebem ajuda de voluntários liderados por um empresário que fornecem marmitas uma vez por semana. “Hoje ainda temos água encanada, pois pegamos de uma mangueira pra encher as caixas, que um dos moradores próximos vende pra nós e dividimos a conta”.
VISITA DE ASSISTENTES SOCIAIS – Por volta das 16h30, duas assistentes sociais da prefeitura e técnicos da secretaria de obras estiveram no local. Eles negaram a possível ordem de despejo.
Em reunião com os moradores e o empresário que lidera ação social de auxílio às famílias, prometeram verificar a possibilidade de ali mesmo construírem casas de uma forma que possam morar com mais dignidade em algo que seria deles mesmo.
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