segunda, 12 de maio de 2025
Publicado em 24 jun 2016 - 08:22:42
Os funcionários do DETRAN de São Paulo iniciaram nessa semana um movimento de greve em todos os postos de atendimento do estado. Em Ourinhos apenas 30% dos funcionários estarão trabalhando no atendimento ao público, o restante se organiza em protestos e manifestações, sobretudo em frente ao Poupatempo, para dar ciência aos cidadãos sobre suas reivindicações e, segundo eles próprios, a necessidade do atendimento da pauta por parte do governo estadual.
“Desde 2013 não há nenhum reajuste salarial”, diz Gisele Garcia de Bastiani Momesso, oficial administrativa do DETRAN e integrante do comando de greve. Gisele ainda afirma que o governo do estado não deu prosseguimento ao plano de carreira e, embora os trabalhadores do DETRAN tenham uma responsabilidade enorme, o salário base da categoria é de menos de R$ 600. “Gasta-se milhões em propaganda, mas não se gasta com a recomposição salarial”.
O grupo que permanece protestando em frente ao Poupatempo é unanime em dizer que a segurança é um item importante da pauta e também tem sido ignorado pela gestão estadual. “No posto do DETRAN de Peruíbe/SP uma funcionária foi morta em decorrência de um assalto” afirmam os membros do comando de greve: “dentro dos postos nós lidamos com muito dinheiro e isso acaba sendo um “convite” para ladrões ou pessoas mal intencionadas”.
Os funcionários em greve aguardam um posicionamento da Justiça do Trabalho e do Comando Estadual de Greve para saber quais serão os próximos passos, de concreto apenas é o fato de que enquanto não houver um posicionamento do Governo do Estado indicando o cumprimento dos itens da pauta, a população seguirá sendo prejudicada pela paralisação de 70% dos funcionários do órgão. “Aguardamos as orientações das assembleias que serão realizadas” dizem os membros do comando de greve.
“A população acaba sendo prejudicada sim, mas quando nós explicamos o motivo da paralisação podemos observar que a grande maioria dos usuários é simpática ao nosso movimento” afirma Thalita Bruna Moreira Leite, outra trabalhadora que integra o protesto. A reportagem entrevistou alguns usuários do DETRAN e observou que, naquele momento, não havia grandes transtornos.
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