sábado, 07 de setembro de 2024
Publicado em 14 out 2019 - 08:51:38
O resultado da eleição foi de renovação na equipe com somente uma reeleição
Juliana Neves
No último domingo, 06, foi realizada em Ourinhos a eleição para escolher os novos conselheiros tutelares do período de 2020 a 2024. A votação aconteceu na Câmara Municipal e foi efetuada por eleitores selecionados que atuam nas questões que envolvem a criança e adolescente.
O processo da eleição iniciou-se com uma prova objetiva. “Nós percebemos que o nível da prova não foi tão simples, até mesmo aqueles que já eram conselheiros encontraram algumas dificuldades na sua classificação. Tivemos quase a maioria de candidatos de nível superior. Compreendemos como um processo muito bom”, fala o vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMCDA), Régis Lucente.
O diferencial desta eleição se deu pelo CMCDA ter ditado uma resolução vedando o ato de fazer campanha. Os candidatos não poderiam procurar pelo Colégio Eleitoral para pedir votos e nem discursar promessas.
“Com essa vedação, pudemos oferecer uma oportunidade aos candidatos de apresentaram uma exposição na Câmara Municipal, de conteúdos relacionados aquilo que o conselheiro enfrenta na prática do dia a dia. Esta foi a segunda fase do processo, a prova oral, que ajudou muito na escolha pelo Colégio Eleitoral”, explica o vice-presidente.
Por fim, o resultado da eleição foi uma renovação da equipe, com somente uma reeleição, situação avaliada como válida, porque os que foram escolhidos já possuem experiências na área, são conhecedores, de fato, do assunto a ser trabalhado futuramente. “São pessoas que irão proporcionar uma nova vontade de trabalhar para a equipe do conselho”, afirma Lucente.
FUTURO – Após a eleição, vem a capacitação dos eleitos que acontecerá até novembro. Uma fase técnica para aprender um pouco mais daquilo que eles irão vivenciar a partir do ano que vem.
ELEIÇÃO FECHADA – Régis Lucente explicou que o “sufrágio universal decorre da atualização da legislação municipal, que é mais um ponto que o CMCDA tem para deixar preparado para a próxima eleição. A nossa lei é de 94 e ainda atribui a votação pelo Colégio Eleitoral representado por entidades. Depois de 2024, a esperança é que já tenhamos modificado a legislação para acompanhar o formato nacional”, sintetiza o vice presidente.
Mas há o propósito de continuar com a vedação de campanha, permanecendo as mídias sociais como veículos permitidos de divulgação. “Nada impede que o candidato use destes meios para falar sobre suas intenções e capacitações”, fala Lucente.
NOVA CONSELHEIRA – Uma das eleitas é Isabella Estefani Correa de Moraes, que se candidatou por ter tido uma trajetória universitária envolta com questões de violência contra mulher, criança e adolescentes. Atualmente, com este novo cargo, pretende buscar uma complementação experimental da sua graduação de psicologia.
“Estava ansiosa, mas me preparei com muito estudo para a prova, tive um bom desempenho na objetiva e na apresentação. Eu estava nervosa, mas pela minha preparação e dedicação também me senti confiante”, disse Isabella.
A nova conselheira afirmou que irá iniciar o seu trabalho buscando conhecimento no seu cotidiano para sempre melhorar o seu lado profissional, “mesmo sendo uma oportunidade desafiadora, eu consigo enfrentar e crescer junto com o conselho”, sintetiza.
Para Isabella, tão importante quanto a renovação é o aprendizado com os mais experientes. “Esta renovação é muito importante, porque tudo que se renova traz novas possibilidades de atuação e de trabalho. Além de que é mais possível de se ter uma humildade em querer aprender com as pessoas mais experientes de todas as áreas do conselho, acompanhar de perto a rotina de cada um para que a gente consiga nos alinhar no serviço para com a comunidade”, finaliza a nova conselheira.
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